FAÇA SUA PARTE

Se cada um de nós cuidasse de um animal abandonado, esse problema não existiria… Já que esse animal chamou sua atenção e conseguiu sensibilizá-lo a ponto de você procurar ajuda para ele, não lave suas mãos.

1. Recolha-o com calma e segurança, pois é muito provável que ele esteja sentindo medo e insegurança, além de fome, sede, etc., e esteja um pouco arredio. Muitos animais abandonados, dependendo do tempo que estão na rua, a idade, e o grau de maus-tratos que tenham sofrido, procuram defender-se fugindo, ou mostrando os dentes, ou se encolhendo, pois perderam a confiança do ser-humano. A conquista de sua dignidade de cão ou de gato leva alguns dias para ser recuperada, e depende do seu zelo , paciência e compaixão. Vá com calma,não exija retorno , ele entenderá sua atitudes positivas depois de algum tempo. Respeite os limites.

2. Leve-o para um abrigo seguro e cercado, um cômodo não muito usado da sua casa, um banheiro,algum local protegido e que ele possa se aquietar. Não coloque outros animais em contato com ele, antes da avaliação do veterinário, e também por 7 a 10 dias, que é o que chamamos de período de “quarentena”.

3. Se neste período não houver sinais que indiquem manifestação de alguma doença, como cinomose, por exemplo, ou que precise de tratamento e atenção, então faça as vacinas. Vacinas só podem ser aplicadas em animais que não estão doentes, com febre, ou com qualquer sinal de doença. Caso contrário, a doença será mascarada, não solucionada. Mas, procure uma clínica veterinária, não um balcão de agro avícola Não utilize vacinas nacionais, pois não há confiabilidade suficiente para imunização eficaz.

4. Dependendo das condições, leve-o a um veterinário, logo depois que encontrar o animal, e peça todas as orientações possíveis e um pouco mais. Não se deixe abater por pessoas que possam desmerecer a sua atitude ou a própria vida do animal, como sendo mais um. Toda a vida tem seu valor. É preciso enxergar com outros olhos o conceito de superioridade à que o ser humano se atribui. Neste momento, a sua predisposição em ajudar aquela vida é muito valiosa, também como exercício da compaixão genuína.

5. Se for cão/cadela, dê um banho, tire pulgas,se houverem, limpe as orelhas. Se for gato(a) , eles mesmos vão recuperando a limpeza. mas você pode mandar dar um banho em clínica especializada, se preferir.

6. Faça a desverminação dele, o que é muito simples e barato É só comprar um vermífugo, baseado no tamanho/peso médio do animal, e misturar o(s) comprimido(s) com algum alimento que normalmente os cães ou gatos gostem, para um único e rápido bocado.

7. Se sentirem o gosto do medicamento através de mastigação ou pelo olfato, haverá rejeição. A tentativa terá que ser mais bem estudada e repetida no dia seguinte. Gatos são mais sensíveis à medicamentos e é preciso alguma astúcia. Não adiante forçar, pois o resultado será pior e haverá trauma, o que vai dificultar o processo cada vez que for necessário desverminá-lo (3 a 4 vezes ao ano em média)

8. Ofereça ração de boa qualidade em quantidade suficiente, ou um pouco mais se ele estiver aparentando desnutrição.

9. Quando estiver com o peso recuperado, esterilize-o. Procure nossa ONG para orientação de clínicas veterinárias que praticam esterilização/castração com valores reduzidos, para animais carentes ou adotados.

10. Tire fotos do animal e coloque um anúncio em sites de entidade protetoras, rádio e jornais , faça cartazes para espalhar em clínicas veterinárias, padarias e escolas.Busque adotantes responsáveis.

11. É muito importante doar um animal sadio e esterilizado, pois, além de ético, é uma forma de garantir uma boa experiência para a pessoa que adota, estimulando a adoção de outros animais.

12. Se você não pode levá-lo para sua casa até encontrar um bom lar, procure um amigo, vizinho ou parente que possa ficar com ele temporariamente ou hospede-o em um hotel para animais.

13. A maioria dos veterinários é solidária quando atende animais recolhidos das ruas e pratica preços reduzidos. Caso você queira uma indicação de um profissional em Maringá-Pr entre em contato com a ANJOS DOS ANIMAIS .

14. Você pode dividir os custos com um grupo de amigos ou vizinhos – estimule outras pessoas a fazer o mesmo! Isso é VOCÊ EM AÇÃO em prol da vida e do bem-estar de um animal!

15. Não se apresse em fazer a doação – entreviste o interessado – disponibilizamos um modelo de entrevista, que chamamos de entrevista educativa, pois faz a pessoa ou a família refletir bastante sobre a responsabilidade de assumir a manutenção de um animal de estimação por 10,15 ou mais anos. Algumas perguntas são fundamentais para fazer ao interessado, e dizem respeito a animais de estimação que ele, porventura, já tenha tido. O que acontece ou o que aconteceu com ele(s) pode ser um indicativo muito real do que poderá acontecer com aquele animal que ele pretende adotar. É possível descartar a doação neste primeiro questionamento. Afinal, você não quer descartar o animal, e sim, achar um lar em que ele possa ser tratado com dignidade por toda a vida dele.

16. Ao constituir a doação, documente-a fazendo saber, também por escrito, a responsabilidade que o adotante está assumindo daqui para frente. Use, para tanto, um termo de adoção (existem mais modelos em sites de proteção animal), para ser assinado por você (doador) e pelo adotante, em duas vias. É possível, se estiver ao alcance, utilizar os serviços de um advogado para que o documento tenha mais peso e o adotante mais respeito pelo processo. É mais uma opção. A formalização, com ou sem advogado, auxilia na promoção do respeito à vida. Fique com uma cópia.

17. Visite o local e acompanhe a primeira semana e os primeiros meses de adaptação. Somente assim você terá certeza que o animal será feliz e bem cuidado e que seu investimento (físico, emocional e financeiro) valeu à pena. Peça para que enviem se possível fotos do animal de vez em quando.